O Centro de Artes Japiaçu comemora 40 anos revelando talentos em São Luís. Em cursos de pintura, escultura, xilogravura, por exemplo, pessoas da comunidade se descobrem artistas e ainda garantem uma fonte de renda extra.
Mãos que moldam, que pintam. Mãos que produzem arte, dessas de encher os olhos. É assim no Centro de Artes Japiaçu, que acaba de completar 40 anos. Binho da Chinca, como ficou conhecido o artista plástico e artesão, era adolescente quando começou a frequentar o Centro, onde aprendeu muito com artistas famosos da época. “Foi realmente bom porque a gente entende os objetivos de ser um artista plástico, então o contato com o Centro de Arte, a experiência do Centro de Arte, a experiência com outros artistas que eu vim a conhecer através dele, me consolidaram realmente nas artes plásticas. Fizeram acentuar mesmo o meu interesse e com que eu buscasse mais conhecimento”, conta ele.
Hoje, aos anos 40 de idade, ele mostra talento também na escultura. Uma foto antiga é o suficiente para inspirar a produção. “O conhecimento em anatomia, pois eu já fui professor de anatomia em artes, me permite fazer esses cálculos da proporção a partir da fotografia. Então, você tem que ter noção da volumetria, um conhecimento de luz e sombra, um conhecimento de textura e dominar também o material para você ter mais controle e conseguir um resultado mais propício”, explica Binho.
Para Beth Ewerton, a coordenadora do Centro, esses 40 anos têm sido marcados pelas descobertas da arte por parte de centenas, talvez milhares de pessoas que, além disso, descobriram também uma forma de ganhar uma renda extra. “Nós trabalhamos muito com o objetivo de geração de emprego e renda, pegar aquela pessoa que tem vontade de ganhar um dinheiro extra, ou mesmo por necessidade para ter uma renda familiar, a gente ensina uma profissão, capacita ele em algum tipo de artesanato e ele sai daqui produzindo”, afirma ela.
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