quinta-feira, 17 de março de 2011

Exposição Japiaçu


                     A abertura da exposição foi um sucesso de público. A montagem se adequou perfeitamente ao  local, aproveitando todo o espaço principal com trabalhos de grande qualidade e beleza de alunos e professores do Centro de Arte Japiaçu e dos artista convidados: Percles Rocha, Fernando Almeida e Diana Guimarães, que foram professores da instituição, e de João Ewerton e Ana Borges, que a dirigiram. Houve demostração da confecção de vasos de ceramica no torno, feita pelo artista Adnomar Moreira.
                  A exposição homenageia o artista Ambrósio Amorim e aproveita a proximidade de sua data de nascimento, 1° de abril,  para ressaltar sua importante passagem pelo local. Segundo o artista Pericles Rocha, Ambrósio também dirigiu o local durante um curto período. Deixou um legado de discipulos que hoje representam as artes plásticas locais.

                 Ainda há tempo de conferir os trabalhos, a exposição permanece até o dia 31 de março no local, com visitação guiada em horário comercial.

Confira os registros em nossa galeria de fotos!
*Auto retrato do artista (acervo de Lena Santos).

Francisca Costa

terça-feira, 15 de março de 2011

Exposição Japiaçu






CENTRO DE ARTES JAPIAÇU REÚNE ARTISTAS PLÁSTICOS EM EXPOSIÇÃO
A 1ª Mostra Japiaçu será aberta nesta quinta, 17, às 19h, na Oficina Escola.

A Fundação Municipal de Cultura (Func), por meio do Centro de Artes Japiaçu (CAJ), abre nesta quinta-feira, 17, a 1ª Mostra Japiaçu, onde reúne trabalhos de artesãos, artistas convidados e professores da instituição. O coquetel de abertura acontecerá às 19h, na Oficina Escola e terá a participação do Bloco Tradicional Vinagreira Show.

A coletiva traz obras inéditas e do acervo do CAJ. São telas, peças em cerâmica, papel machê e pet. “O objetivo é apresentar ao público as obras dos antigos e atuais professores e diretores do órgão. No ano em que comemoramos 40 anos de história, faremos um resgate da memória do órgão através das pessoas que fizeram parte dela”, explica a diretora do Centro de Artes, Beth Ewerton.

Esta primeira edição do evento tem como patrono o artista plástico Ambrósio Amorim, que durante muitos anos ministrou aulas de pintura no local. Segundo Beth, “a idéia é fazer várias prévias da comemoração dos 40 anos de fundação do CAJ, e assim convidar e homenagear muitos outros artistas, artesãos e professores que contribuíram para o fortalecimento do Centro e das artistas plásticas em São Luís”, afirma.

Entre os expositores estão os artistas plásticos e atuais professores do CAJ, Binho Dushinka, Jackes Rosean, Delza Maria Rodrigues, Uiram Carvalho Oliveira, Branca Bastos, Marcos Ferreira, Adnomar Moreira

Foram convidados ainda os ex-diretores, João Ewerton e Ana Borges, e os ex-professores: Fernando Almeida, Péricles Rocha, Edmar Santos e Diana Santa Brígida.

A exposição permanecerá aberta à visitação pública até o dia 31 de março, de segunda à sexta, das 8h às 19h.

O CAJ - é um centro de capacitação e apoio em diversas linguagens artísticas e vem oferecendo à comunidade, cursos voltados para a geração de renda através do desenvolvimento de produtos artísticos, utilitários e artesanais.

Homenageado - Nascido em Codó em 1922, Ambrósio Amorim foi contemporâneo de Antônio Almeida e também um dos integrantes da Movelaria Guanabara, importante ponto de encontro de intelectuais da década de 40. Teve seus trabalhos expostos pela primeira vez em 1946. Já em 1947 participou do 2º Salão Artur Marinho, sendo o segundo colocado na premiação. Para aperfeiçoar seus estudos nas artes plásticas, viajou para o Rio de Janeiro onde residiu por vários anos e estudou na Escola Nacional de Belas Artes.
De volta São Luís, deu continuidade ao seu trabalho tendo como referência a paisagem urbana da capital e dando destaque a personagens da periferia da cidade. Dentre suas criações, destaca-se a logomarca do maranhensíssimo Guaraná Jesus. Ambrósio faleceu em 2003, aos 81 anos.

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Olivia Vidigal
Assessoria de Comunicação/ FUNC
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segunda-feira, 14 de março de 2011

EXPOSIÇÃO


        O Centro de Arte Japiaçu convida a todos para a abertura de sua exposição com trabalhos produzidos por professores, artesãos e artistas convidados, no dia 17/03 (quinta-feira)  às 19h na Oficina Escola, na Praia Grande. A mostra faz uma homenagem ao artista Ambrósio Amorim, que durante muitos anos ministrou aulas de pintura no local. O evento faz, desde já, uma prévia aguardando a comemoração dos 40 anos da Instituição no segundo semestre de 2012. Os trabalho permanecerão no local até o dia 31 de março, com horário de visitação das 8h às 19h.

domingo, 13 de março de 2011

Da argila à arte de fazer cerâmica


A manipulação do barro é uma das atividades mais antigas já exploradas pela humanidade. Ele permite dar forma a objetos pelos mais diversificados meios que a imaginação e a criatividade humana possam permitir. Reflete a cultura de um povo, suas tradições costumes e crenças. As peças de cerâmica são utilitárias e/ou decorativas, dependendo do momento, local ou apelo pessoal. Seus vasos são confeccionados por inúmeros e longínquos povos que atribuem a eles as mais diversas funções, seja para a manipulação de alimentos, transporte, armazenamento, como urnas funerárias, objetos litúrgicos ou mesmo decorativos. Certos utensílios registram uso já na Pré-história; sua técnica de queima e vitrificação datam do Egito Antigo; porém, ganhou outra dimensão, para os padrões decorativos, na Grécia Antiga, com os vasos gregos que, tematizados, consagraram um estilo.

O barro percorre um longo caminho passando pela queima até o consumo. Podendo ainda ser empregado a ele fins medicinais. Para a produção de artefatos, é utilizado o tipo argiloso que sofre alterações rochosas do elemento químico feldspato e alumínio. É o mais apropriado para a modelagem, torna-se mais plástico, à medida que é manipulado, e ganha grande resistência e impermeabilidade com a queima. Propriedade que lhe confere um grau diferenciado de sonoridade ao toque da peça.

A argila é geralmente encontrada nas margens de rios, localizada há até um metro de profundidade, ela é extraída aos poucos, formando bolas que posteriormente serão deslocadas para as olarias, onde serão “tratadas”, libertas de impurezas (pedras, galhos) que podem ser catados com o auxílio de um teque – ferramentas geralmente feitas de madeira ou plástico que servem para desbastar, furar, dar forma ao barro. Retirando estas impurezas, evita-se que os trabalhos se quebrem antes da secagem e de ir ao forno. O próximo passo é a sovagem do barro, quando é posta à prova sua liga e plasticidade, cada artesão encontra uma forma particular realizar essa atividade. Esta atividade foi realizada repetidas vezes pelos artesãos Delza Rodrigues e Adnomar Moreira, artesãos do Centro de Arte Japiaçu.

A argila permite diferentes formas de manuseio: através de um torno, em olarias; com a modelação utilizando teques, suas principais ferramentas. Além dos teques o corte também pode ser feito com o garrote, um arame, geralmente de aço fino, cujas extremidades estão presas a pequenos pedaços de madeira.

Para manusear a argila deve-se preparar o local, usar uma mesa forrada com tecido grosso. Ter um recipiente com água à mão, uma esponja usada para armazenar água necessária à limpeza das ferramentas e umedecer a peça, e dispor de uma diversidade de marcadores que o artista usa livremente para auxiliar na decoração.

Na confecção de potes usa-se a serpentina ou rolo, uma técnica muito antiga, mas ainda hoje utilizada para a construção das “paredes” de peças de barro. As serpentinas são colocadas umas por cima das outras e alisadas com o auxilio do torço das mãos ou pedaços de borracha. É comum o uso da barbotina – argila sob a forma mais liquefeita - para “colar” pedaços de argila nas peças, com alças ou enfeites.

Na técnica da lastra, há o intermédio de um rolo de madeira, o mesmo usado para estirar massas, que tem como função estender o barro. É uma técnica geralmente usada para a execução de peças em barro de forma cúbica ou cilíndrica. Com o auxílio de pequenas tábuas e do rolo de madeira executa-se a lastra de barro que terá a espessura igual à altura das tábuas. Este procedimento era utilizado para a confecção das “bolachas”, bases para azulejos.

Numa peça recém modelada, há infinitas possibilidades de decoração ao aplicar as seguintes técnicas: Incisões; Aplicações; Marcações; Polimento; Engobe... A incisão consiste em cortar ou riscar uma peça com o auxílio de teques ou pequenas facas pontiagudas, agindo com a peça ainda úmida. É comum se fazer marcação ou estampagem com a utilização de carimbos que marcam a peça segundo um desenho previamente elaborado.

A secagem segue um processo lento. Antes de serem cozidas, as peças devem ter perdido a maior quantidade possível de água, mas sem estar diretamente exposta ao sol. Somente depois de seca deve ser direcionada ao forno, onde são organizadas com espaço entre si. O forno possui sua temperatura graduada, a primeira cozedura de uma peça de barro chama-se chacotagem. É durante esta operação que se liberta toda a água que não foi libertada pela secagem, quando pode ser feita a vitrificação. Mas leva-se em consideração, ainda, a procedência ou o tipo do barro. A peça pode ser levada ao forno mais uma vez ao optar pela vitrificação. A pintura permite modificar o aspecto de uma peça. A tinta é a mistura de vidro em pó com água ou com um óleo que depois de cozido pode dar um aspecto brilhante ou mate às peças já chacotadas. A calda pode ser aplicada com o auxilio de um pincel.

A argila dá forma a qualquer material, incorporando o aspecto que queremos em peças como tijolos e telhas, azulejos, utensílios domésticos, esculturas e “estudos” para outras técnicas como esculpir o mármore e modelos para forjar o bronze. Este é um dos motivos da cerâmica ganhar a classificação de “arte menor”, ao ser subordinada à etapa de confecção para outros materiais ou ser tradicionalmente confeccionada por artesãos, sem a “erudição” necessária ao status de artista.

Francisca Costa – Funcionária do Centro de Arte Japiaçu.


REFERÊNCIAS

BARGALLÓ, Eva. Atlas básico de história da arte. São Paulo. Escala Educacional: 2008.
MOREIRA, Adnomar. Depoimentos do artesão sobre a extração da argila na cidade de Rosário, MA, cidade que produz cerâmica em larga escala. Em 20 de janeiro de 2011.
RODRIGUES, Delza. Depoimentos da artesã sobre o tratamento, modelagem e queima das peças de argila, além de sua extração na cidade de Humberto de Campos, MA. Em 11 de fevereiro de 2011.